sábado, 8 de maio de 2010

Villarrica e Pucón

Todo mundo já sabe da paixão que eu e a Julia temos por montanhas. É só avistar uma que já queremos subir. Agora... um vulcão cheio de neve, foi uma experiência nova. Quando planejamos nossa viagem pro Chile, subir um vulcão estava na lista de coisas mais desejadas.

Saímos de Puerto Varas sentido Pucón. Antes demos uma passada em Villarrica, cidade que tem o mesmo nome do vulcão. Ficamos apenas algumas horas e comemos a melhor empanada de marisco do planeta. Foi num restaurante chamado El Rey del Marisco, onde o chef se orgulhava muito de ter cozinhado para a seleção de futebol brasileira, no mundial do Chile. O lugar é simples, mas a comida é ótima. Depois passeamos pela centro e na prefeitura vimos que tem um "semáforo" de erupções. Dependendo da cor, sabemos se existe um risco grande ou pequeno do Villarrica cuspir lava. O sinal estava verde e seguimos adiante.

Rei do Marisco
El Rey del Marisco

Prefeitura
Prefeitura de Villarrica com o semáforo de alarme vulcânico

Chegamos em Pucón e fomos procurar o Gran Hotel Pucón, o mais famoso da cidade. Ele é enorme e fica na beira do lago. Tem uma vista incrível do vulcão Villarrica, mas infelizmente anda meio caidinho. Ouvimos dizer que esse hotel já teve seu momento de glória, mas que agora já não é bem assim. O quarto é grande e a janela dava pro vulcão, mas o atendimento era muito frio e não muito simpático. O lado bom foi a agência de turismo que tinha no hotel. Lá a gente conseguiu tirar todas as dúvidas sobre a ascensão do Villarrica, pegar equipamento (calça impermeável, botas para neve, crampons, jaquetas corta vento, capacete, piqueta e mochila) de boa qualidade e um guia só pra gente.

Gran Hotel Pucón | Dia
Gran Hotel Pucón

Só tínhamos dois dias em Pucón e sabíamos que a subida dependeria do tempo. O guia disse que o dia perfeito seria o dia seguinte, então provamos e pegamos os equipamentos e nos preparamos psicologicamente. O sábado amanheceu lindo! Céu azul, nenhuma nuvem e temperatura agradável. Encontramos o guia, calçamos as botas, colocamos os equipamentos e comida na mochila e entramos na van. Ficávamos mais empolgados a cada metro que a van subia. Chegamos na estação de ski e pegamos o primeiro teleférico, que já estava incluído. Depois ficamos esperando para ver se iam liberar o segundo teleférico. Enquanto isso, alguns grupos já subiam esse trecho à pé. O outro teleférico foi liberado e como a estação de ski é do mesmo dono do hotel, não precisamos pagar. Isso fez a gente economizar tempo e energia que foram importantes no fim da subida. Saindo do teleférico o guia nos explicou que a piqueta era nossa melhor amiga na montanha. Nos mostrou como deveríamos proceder em caso de queda e também como seria a subida.

Villarrica II
Vulcão Villarrica

Crampons nas botas e partimos para o cume. Subir uma montanha ou vulcão muito ingrime, exige paciência. É realmente um pé na frente do outro e concentração o tempo todo para não perder o equilíbrio ou, em caso de queda, fazer o que o guia explicou. A primeira metade foi tranquila e éramos o grupo que liderava a subida. No meio da subida a gente via uma fumaça no topo que era mistura de enxofre e nuvem. Quanto mais a gente subia, mais o tempo fechava. No último terço da subida, o guia nos explicou a situação e disse que no ritmo que estávamos, conseguiríamos chegar ao cume, mas que talvez não conseguíssemos ver nada por causa do tempo. A gente encarou. Já no fim da subida, pegamos uma nevasca que prejudicava a visão e gelava o rosto e o corpo todo. Continuamos e conseguimos registrar nosso chegada ao cume. Vimos um pouco da cratera, cheiramos enxofre mas, infelizmente, não pudemos ficar muito lá em cima pois o tempo podia piorar. Começamos a descida e ainda encontramos um grupo que ia tentar chegar ao topo. Todos os outros tinham desistido por causa do mau tempo. Descemos o mais rápido que podíamos, incluindo técnicas de skibunda. Quando chegamos no pé do vulcão, olhamos pra cima e o céu estava azul novamente. O tempo ficou ruim só enquanto estávamos no topo. Mesmo assim, fui uma das melhores aventuras das nossas vidas! Já estamos com saudades do Villarrica.

Segundo grupo
Os outros grupos

Ficou assim
Quase lá...

La cumbre
La cumbre!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Los Lagos

Pelo nome da região já dá pra imaginar o que vamos encontrar. É aí que se estão os lagos Llanquihue e o Todos los Santos, que dizem ser o mais bonito do Chile. Além deles, podemos encontrar vulcões que beiram todo o caminho da Ruta Panamericana.

Saimos de Santiago, dormimos uma noite em Temuco e chegamos a Puerto Varas. Esta é a cidade mais famosa e movimentada da região. Fica na beira do Lago Llanquihue e é ponto de partida para as aventuras. É onde estão todas as agências de turismo e lojas de equipamentos outdoor. Tem hospedagens de todos os tipos e um hotel famoso com vista para o lago e o vulcão Osorno. Tem ótimos restaurantes por toda parte e o que possuem de melhor são os peixes e frutos do mar. E nada melhor que o vinho nacional para acompanhar as refeições.

Igreja II
Igreja de Puerto Varas

Saindo de Puerto Varas fomos até Ensenada, que fica a cerca de 50 km pra frente. É uma vilazinha com poucas casas, poucas pousadas e pouco comércio, mas super tranquila. Resolvemos ficar hospedados lá porque achamos um chalé bem aconchegante, na beira do Llanquihue e praticamente no pé do Osorno. Brisas del Lago possui chalés para casais com banheiro, aquecimento e uma janela enorme com uma vista maravilhosa. O café é servido pela simpática dona, no chalé mesmo. Eles também possuem opções para a "turma". Ensenada foi a nossa base e de lá partimos para conhecer toda a região.

Vulcão
Vista do nosso chalé em Ensenada

Hora de partir
Nós na praia de Ensenada

As atrações naturais são o forte da região. O já comentado lago Llanquihue, tem águas cristalinas e geladas. É tão grande que às vezes parece mar. No verão pode-se velejar, nadar e fazer passeios de kayak. Como estávamos no inverno, isso não foi possível. O vulcão Osorno é o mais famoso da região. Dá pra chegar de carro até a pequena estação de esqui que é ideal para iniciantes. Também é possível ir até o cume, mas é uma escalada bem técnica, demorada e cara. O que nos surpreendeu foram os Saltos del Petrohué com suas águas verdes e cristalinas. As quedas são espetaculares e dá vontade de se jogar na água, pena que estava frio. O lago Todos los Santos é bonito, mas não deu pra confirmar a informação de que é o mais bonito da região. Existem muitos passeios de barco, mas a maioria é no verão. Atravessando esse lago, se chega em Bariloche, na Argentina.

Saltos del Petrohué I
Saltos del Petrohué com o Osorno ao fundo

Reservamos um dia para dar a volta no lago Llanquihue e conhecer as cidades que ficam por perto. Passamos por Puerto Octay que é uma cidade charmosa, bem pequena e com um queijo local bem saboroso. Depois passamos por Frutillar que é dividida em parte baixa, que é a mais turística pois está na margem do lago e parte alta. Ela é maior que as outras, tem casas bem cuidadas com influência alemã e também praias que devem ficar movimentadas no calor. A última cidade que visitamos foi Puerto Montt que é a capital da província e tem porte para tal. Depois de passarmos por cidades pequenas, peculiares e charmosas, a cidade grande fica sem graça. O que vale a pena é uma visita ao mercado municipal para comer peixes e frutos do mar da região. Congrio, salmão, loco, picoroco, machas e tudo mais que sair do mar com preços muito bons. Os restaurantes são simples, a concorrência é feroz e os garçons saem à caça dos clientes. Tente se livrar da pressão e escolha o que mais agradar.

Depois disso nos dirigimos ao norte, rumo à Pucón, mas isso fica pra outro post.

Prefeitura
Prefeitura de Puerto Octay

Puerto Octay
A vista enquanto a gente dava a volta no Llanquihue

Frutillar
Pier de Frutillar

Ouriços e mariscos
Mercado Municipal de Puerto Montt

Loco Mayo
Loco Mayo (locos com maionese)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Chile

Com seus 4.300 km de comprimento, o Chile é um país que oferece muito ao turista. Praias do Pacífico, deserto, vulcões, bons vinhos, boa comida, pratos exóticos, ski, trekking, etc. A melhor maneira de contar como foi nossa viagem por lá, é dividindo em capítulos. Essa primeira parte é uma geral de tudo.

Foram duas semanas entre Santiago e Puerto Varas. Dirigimos cerca de 1.000 km até a região Los Lagos. Na primeira semana, visitamos Puerto Varas, Puerto Montt, Puerto Octay, Ensenada e Frutillar. Demos a volta no lago Llanquihue e conhecemos de perto o vulcão Osorno. Depois fomos até Pucón, pra parte mais legal da viagem, subir o vulcão Villarrica. De lá, voltamos pra Santiago.

A segunda semana foi pra conhecer melhor Santiago e a região. Num dia fomos até Valparaíso e Viña del Mar. Num outro, visitamos a vinícola Los Vascos. O último foi reservado para o ski no Vale Nevado.

O Chile é um país maravilhoso que tem um povo acolhedor e simpático. Com certeza merece outras visitas.


Santiago vista do Cerro San Cristóbal

Vulcão Osorno e Saltos del Petrohué

Escaladores no vulcão Villarrica

Com os pés no Oceano Pacífico


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Pedal Cup

Fim de semana passado fomos até Pindamonhangaba visitar nossos amigos Pinto e Cris. Além disso, fomos participar da etapa de inauguração da Pedal Cup. A prova foi dividida em 3 categorias: Giro (34km), Premium (57km) e Tour (81km). Eu e a Julia fomos de tandem na categoria Giro. Além da gente, também foram o Renato, a Bibi, a Paula e a Laura. Na categoria Premium foram o Pinto, a Cris e o Pedrão. E na categoria Tour foram o Leonardo, o Marcelo e o Ganso.


A prova foi muito bem organizada, com bastante pontos de hidratação, staff sinalizando o caminho correto e gatorade e frutas no final. O tempo ajudou e algumas nuvens nos protegiam do sol forte por algumas vezes. O circuito de 34km foi tranquilo, com subidas curtas, boas descidas e toda em estrada de terra. Um ou outro trecho exigia mais cuidado por causa do areião ou cascalho. Fizemos o trajeto em 1h32'28". Ficamos em 1º na categoria tandem mista (só tinha a gente) e em 15º na geral entre 63 participantes. Chegamos com vontade de pedalar mais. Já estamos pensando nas provas do ano que vem.

Todos os nossos amigos terminaram bem e ilesos, tirando o Ganso que não conseguia andar por causa das câimbras. Mais informações sobre a corrida: www.pedalcup.com.br




Depois da corrida, uma truta

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Guarujá - Bertioga

Já fazia um tempo que a gente não saía de São Paulo. A correria do casamento nos fazia ficar por aqui. Percebi que já estava ficando estressado e quando as obrigações deram uma trégua, implorei pra Julia pra gente fazer uma viagem, nem que fosse de um dia. Escolhemos o famoso Guarujá.

Forte de São João

Dessa vez fomos sem o objetivo de ficar na praia. A idéia era pedalar pela antiga estrada Guarujá - Bertioga, que segundo o médico da Julia era uma estrada tranquila, no meio da Mata Atlântica e boa pra passear. Pegamos mais algumas informações na internet e fomos conferir. O Rui nos acompanhou.

Deixamos o carro 3 km antes de chegar no Perequê, perto da padaria e do hotel do Silvio Santos. A estrada é realmente bem tranquila e plana, ideal pra quem tá começando. Fazia sol, mas como estamos no inverno, o ar na sombra estava fresco. Até a balsa que vai pra Bertioga, foram 20 km. Atravessamos o canal e em Bertioga conhecemos o Forte de São João, que segundo o monitor, é o primeiro forte do Brasil. Depois pedalamos mais um pouco pela orla da cidade, comemos um churros e pegamos a balsa pra voltar pro Guarujá. O ponto final foi o restaurante Céu Azul, no Perequê. Lá comemos um Filé de Robalo à moda da casa pra repôr as calorias perdidas. Depois fomos pedalando até a praia Pernambuco pra fazer o programa básico: deitar na areia e entrar no mar. Pedalamos no total 47 km.

Voltamos no fim do dia, não pegamos trânsito e recarregamos as baterias. Um programa rápido, gostoso e barato. Vale a pena!

Na balsa pra Bertioga

Rui admirando a paisagem

Parada pro almoço

Praia Pernambuco

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

XTerra Quatro Estações


Sábado passado foi um dia importante. Não porque iríamos correr a XTerra em Indaiatuba, mas porque antes disso foi nosso casamento civil. Fizemos uma
comemoração rápida tomando um brunch no Treviolo Café. De lá, voltamos pra casa pra arrumar as coisas pra corrida.

A XTerra de Ilhabela nos deixou bem empolgados e estávamos ansiosos por mais essa corrida. O local da largada foi o Hotel Quatro Estações e dessa vez corremos durante o dia. Largamos às 16h num circuito de 8k que misturava muita estrada de terra, estrada de asfalto e um pouquinho de trilhas. O que não faltou foi subida e muita gente (me incluo) sofreu bastante. Apesar de Indaiatuba ser um lugar bonito, o hotel ter um lago e áreas bastante verdes, não se compara com Ilhabela. Terminamos a prova um pouco decepcionados, mas mesmo assim valeu a pena. Além de nós, também foi o Leonardo, o Renato e Rui. Terminei a corrida com 43'44" e fiquei em 30º, de 78 corredores. A Julia fez em 60'46" e ficou em 32ª entre as corredoras. Dessa vez não teve classificação por categorias, já que o
número de atletas era bem menor. O Leonardo fez 36'14" e o Renato 57'34". O Rui foi pra dar uma força e fazer a foto que segue abaixo (entre outras).

Renato, eu, Julia e Leonardo depois da corrida

:: XTerra Quatro Estações – Indaiatuba
Data: 1 de agosto de 2009
Horário: 16h
Distância: 8 km
Postos de hidratação: 4 (3 no percurso e 1 na chegada)

Mais informações: XTerra

terça-feira, 30 de junho de 2009

Ilhabela

A Ilhabela dispensa adjetivos. Já fui muitas vezes pra lá e nunca enjôo. Muitas pessoas reclamam dos borrachudos (com razão), mas nada quem um OFF não dê conta. Já queria participar da XTerra e quando descobri que seria na ilha, não pensei duas vezes e chamei os amigos pra correr. Alguns toparam, outros ficaram com medo dos tais borrachudos.

Vista da casa em construção

Viajamos de madrugada e não pegamos nenhum trânsito. Esperamos a balsa por pouco tempo. Só de navegar pelo canal e ver o sol batendo nas montanhas, já dá uma tranquilidade que é impossível ter em São Paulo. Dirigimos sentido sul, pra praia de Borrifos, que é onde a Márcia mora. Fomos muito bem recebidos e tivemos uma hospedagem maravilhosa. Durante todo o sábado, ficamos em função da XTerra. Depois da corrida noturna, fomos comemorar o pódium da galera. A dica é a ótima Pizzaria Redonda, que fica na estrada sentido sul, à alguns metros depois da praia do Curral. Restaurante amplo, ambiente super agradável e pizzas deliciosas! O sorvete de gengibre é exótico e uma boa pedida pra quem gosta da raiz.

O quintal da Márcia

Outra parte do quintal

Domingo foi dia de descanso. Acordamos sem pressa, tomamos café e depois fomos fazer uma visitinha na outra casa que a Márcia e o Cláudio estão construindo. O lugar é maravilhoso e tem uma vista fantástica. Aproveitamos pra descer até o "quintal" e fazer um mergulho livre. Com um dia de outono muito quente, foi bom entrar na água. A Leona aproveitou a movimentação no mar e também deu seus mergulhos. Apesar de não estarmos com nossos próprios equipamentos de mergulho, conseguimos ver muitos sargentinhos, peixes borboleta, budiões e até uma tartaruga. Voltando pra casa, um churrasco pra matar a fome. Antes de arrumar as malas, ainda corri com o Caleu em volta da casa. Depois de um fim de semana tão bom, o triste é voltar pra São Paulo e ainda pegar trânsito na marginal Tietê.

Vendo uma tartaruga

Leo e Leona


segunda-feira, 22 de junho de 2009

XTerra Night Trail Run - 9K

Neste último fim de semana, a Ilhabela foi palco do XTerra, um evento mundial que une esporte e natureza. Esta foi a etapa regional e contou com o Triathlon, Swim Challenge, XTerra Kids e Night Trail Run. Nós fomos para a ilha participar da corrida noturna.

Crianças aguardando a largada do XTerra Kids

Saímos de São Paulo durante a madrugada e chegamos na casa da Márcia bem cedo. Eles já estavam se preparando para ver o Cláudio na prova de natação. A primeira largada foi do Triathlon, às 9h. Depois foi a vez do Swim Challenge, às 10h. O Cláudio nadou os 1.500 m junto com a Leona (a labrador da família Placa), que acabou sendo a grande atração do evento. Algumas pessoas até acharam que ele era cego, por nadar junto com a cachorra. No fim da prova, todos queriam tirar foto com a nadadora. Às 16h foi a vez do Caleu correr a prova de 100 m, na categoria 4 a 6 anos. Ele era número 5 e chegou em 5º lugar. Assistimos à todas as baterias do XTerra Kids e depois ficamos esperando o horário da nossa prova.

Leona no pódium

Nossa largada foi na praia do Perequê. Um pouco antes, fizemos um alongamento conjunto. Como atrasou um pouco, fizemos aquecimento e mais alongamento. Liberaram o funil de largada e o apito foi soprado. A corrida começou com um curto trecho de areia, cruzou a avenida principal e pegamos uma rua em direção ao interior da ilha. Depois de um trecho de paralelepípedo, veio a lama! Era uma trilha com bastante barro e a ilumação era só do headlamp. As pontes estreitas e os buracos eram bem sinalizados com cones e fitas. Depois voltamos para uma parte com calçamento e entre os quilômetros 2 e 3 veio a bifurcação que dividia os corredores. Quem corria 5k, fazia o retorno, quem corria 9k, seguia reto. Continuei na reta e logo veio o que todos temiam. Uma bela de uma subida. Não dava pra ver o final dela por causa das curvas. Assim que o paralelepípedo acabou, a luz da rua também se foi. Subida no breu, só com o foco da lanterna e o barulho do rio. Meu alívio foi ver uma lanterninha vermelha lá em cima, sinal de que estava no caminho certo. Acabou a subida, veio a descida. Parecia fácil, mas com a terra solta, não tive coragem de ir à toda velocidade. Depois foi a vez do single track em mata bem fechada. Mais subida, mais descida. Entre um escorregão e outro procurava as fitas pra saber se estava na trilha correta. Mais uma luz vermelha para aliviar. Em seguida voltamos para cidade e eu guardava forças caso aparecesse alguma subida mais forte. Alguém do staff gritou que faltava apenas um quilômetro, mas não acreditei. Fiquei feliz quando escutei a voz do locutor se aproximando, mas ele estava do lado direito e nos mandaram para o lado esquerdo. Correndo na ciclovia, paralela ao mar, vi várias lanternas no sentido contrário. A essa hora já sabia o que me esperava. Foram mais uns 800 m correndo na areia fofa o que causou um desgaste e tanto. Cruzando a linha de chegada, escutei um "eeeeee" dos amigos que chegaram antes. Foi um misto de felicidade, alívio e sensação de dever cumprido! Acabei a prova em 53'57". Fiquei em 13º da categoria "masc. 30-34", 50º entre os homens e 55º na geral. Os outros resultados foram:

Julia, 2ª fem 25-29, 5K
Márcia, 3ª fem 35-39, 9K
Cláudio, 3º masc 40-44, 9K
Leonardo, 2º masc 35-39, 9K
Cyrus, 1º masc 25-29, 5K
Renato, 3º masc 25-29, 5K
Cabeça, 1º masc 30-34, 5K

Da esquerda pra direita: Roberta, Eli, Leo, Cyrus, Cabeça, Márcia, Cláudio, Julia, Flávio, Renato e Leona no meio.

Com certeza essa foi a corrida mais legal que já fiz. Parabéns a todos e que venham as próximas!

:: XTerra Night Trail Run – Ilhabela
Data: 20 de junho de 2009
Horário: 19h
Distâncias: 5 km e 9 km
Postos de hidratação: 4 (3 no percurso e 1 na chegada)

Mais informações: XTerra Brazil

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Joinville

Nossa viagem pra Joinville teve um motivo nobre. Fomos convidados para ser padrinhos do Bruno, sobrinho da Julia. Além dessa honra, teve também a festa de aniversário de 1 ano.

Entrada do salão de festas

Aproveitamos nossas milhas e pegamos o avião em Congonhas. No meio do caminho, avistamos a Ilha Comprida e nos deu vontade de pedalar por aquela praia imensa. Quem sabe daqui a alguns meses a gente poste algo sobre essa pedalada. Chegando na cidade dos marrecos com repolho roxo, fomos direto pro salão de festas encher dezenas de bexigas. Depois de arrumar tudo, fizemos um almoço rápido e fomos nos preparar pra atacar os salgadinhos e docinhos da festa.

Sobrevoando o litoral sul

O domingo foi o dia do batizado. O mais curioso foi ver o pastor dando o sermão. Parecia um ator de teatro. Falava alto, gesticulava, arregalava os olhos, interpretava. Assim que a cerimônia se encerrou, fomos para a casa do Bruno instalar o seu presente (uma cadeirinha de bicicleta). Pelo que me pareceu, ele gostou. Ficou sentado na garupa, segurando seu cata-vento e curtindo a brisa no rosto. Já deu pra perceber que vai seguir os passos do pai. Acabou a brincadeira e chegou a hora de comer. Fornão era o lugar da gula. Encaramos um rodízio de massa maravilhoso. A recomendação fica pra Lasanha de Espinafre e também o Fettucini com Brócolis e Filet Mignon.

Bruno e seu cata-vento

Igreja do batizado

O nosso hotel também fica como dica. Era o Hotel 10, simples, novo, limpo e justo. Pagamos R$ 79,00 a diária do casal.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Santa Rosa de Calamuchita - Argentina :: Abril 2009

(Esse post é uma continuação da viagem que começou aqui e passou por aqui)

Chegamos em Santa Rosa e fomos direto ao hotel. Tínhamos reservado 2 diárias no Hotel Gloria e chegamos lá para fazer o check-in. A dona logo nos atendeu e, pedindo muitas desculpas, nos avisou que já eram 19hs e ela tinha achado que nós não íamos mais aparecer. Chegou um ônibus cheio e ela acabou dando nosso quarto para eles.

Ela prometeu nos ajudar a achar um lugar para passar a noite e ainda nos disse que poderíamos voltar no dia seguinte, que ela nos daria um quarto sem cobrar nada. Depois de umas ligações, ela nos mandou para a Hosteria del Sol.

Hosteria del Sol

Chegando lá, percebemos que o lugar não era exatamente muito normal e o quarto era bem mais antigo do que gostaríamos, mas estava tudo muito limpo e arrumado. Independente de qualquer coisa, o dono da pousada era um senhorzinho muito simpático e descolado. Nos tratou muito bem e, o tempo inteiro, mostrou ser uma pessoa extremamente feliz e de bem com a vida. Muito bom conhecer gente assim...

O tiozinho mais feliz de Calamuchita! :-)

Saímos umas 21hs para jantar. Como a cidade é pequena, fiquei com medo dos restaurantes fecharem cedo. Mas que nada! Acho que fomos os primeiros a chegar - quando saímos estava bem mais cheio!

Por indicação do tiozinho da Hosteria, jantamos em um lugar chamado La Pulperia, que fica no comecinho da rua Libertad. Comemos trucha e bebemos sangria - a receita da região não tem pedaços de frutas, mas sim suco de limão e açúcar. Muito bom!

Depois andamos pela rua Libertad, tomamos um helado de dulce de leche e voltamos
felizes para a Hosteria.

No dia seguinte, antes de sair para conhecer outras vilas, andamos um pouco por Santa Rosa. Fomos até o rio, que no verão é como a praia da cidade. Muito limpo, cheio de pedras redondas e bem raso. Se não estivesse friozinho, teríamos entrado!


Rio Santa Rosa

De noite, voltamos para Santa Rosa e fomos finalmente para o Hotel Gloria. A dona cumpriu o prometido e nos deu o melhor quarto do hotel! Tinha uma ante-sala e um banheiro enorme, com hidromassagem e tudo mais! Aproveitamos para descansar um pouco...

Hotel Gloria

Compramos alfajores em uma fábrica da cidade e jantamos em um restaurante na rua Mendoza, que me esqueci o nome (Los Piños, ou algo parecido). Comi trucha de novo, dessa vez com molho de champignons. O Chan pediu um tal de Pejerey, que também é típico da região e era bem gostoso! Mais um helado de sobremesa e fomos dormir. No dia seguinte, acordamos cedo e pegamos a estrada em direção à Córdoba.

Bienvenidos a Santa Rosa!

Links relacionados:
Mais fotos de Santa Rosa de Calamuchita
Hosterial del Sol (100 pesos/casal/noite com café da manhã)
Hotel Gloria (Não pagamos nada! :-)