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sábado, 8 de maio de 2010

Villarrica e Pucón

Todo mundo já sabe da paixão que eu e a Julia temos por montanhas. É só avistar uma que já queremos subir. Agora... um vulcão cheio de neve, foi uma experiência nova. Quando planejamos nossa viagem pro Chile, subir um vulcão estava na lista de coisas mais desejadas.

Saímos de Puerto Varas sentido Pucón. Antes demos uma passada em Villarrica, cidade que tem o mesmo nome do vulcão. Ficamos apenas algumas horas e comemos a melhor empanada de marisco do planeta. Foi num restaurante chamado El Rey del Marisco, onde o chef se orgulhava muito de ter cozinhado para a seleção de futebol brasileira, no mundial do Chile. O lugar é simples, mas a comida é ótima. Depois passeamos pela centro e na prefeitura vimos que tem um "semáforo" de erupções. Dependendo da cor, sabemos se existe um risco grande ou pequeno do Villarrica cuspir lava. O sinal estava verde e seguimos adiante.

Rei do Marisco
El Rey del Marisco

Prefeitura
Prefeitura de Villarrica com o semáforo de alarme vulcânico

Chegamos em Pucón e fomos procurar o Gran Hotel Pucón, o mais famoso da cidade. Ele é enorme e fica na beira do lago. Tem uma vista incrível do vulcão Villarrica, mas infelizmente anda meio caidinho. Ouvimos dizer que esse hotel já teve seu momento de glória, mas que agora já não é bem assim. O quarto é grande e a janela dava pro vulcão, mas o atendimento era muito frio e não muito simpático. O lado bom foi a agência de turismo que tinha no hotel. Lá a gente conseguiu tirar todas as dúvidas sobre a ascensão do Villarrica, pegar equipamento (calça impermeável, botas para neve, crampons, jaquetas corta vento, capacete, piqueta e mochila) de boa qualidade e um guia só pra gente.

Gran Hotel Pucón | Dia
Gran Hotel Pucón

Só tínhamos dois dias em Pucón e sabíamos que a subida dependeria do tempo. O guia disse que o dia perfeito seria o dia seguinte, então provamos e pegamos os equipamentos e nos preparamos psicologicamente. O sábado amanheceu lindo! Céu azul, nenhuma nuvem e temperatura agradável. Encontramos o guia, calçamos as botas, colocamos os equipamentos e comida na mochila e entramos na van. Ficávamos mais empolgados a cada metro que a van subia. Chegamos na estação de ski e pegamos o primeiro teleférico, que já estava incluído. Depois ficamos esperando para ver se iam liberar o segundo teleférico. Enquanto isso, alguns grupos já subiam esse trecho à pé. O outro teleférico foi liberado e como a estação de ski é do mesmo dono do hotel, não precisamos pagar. Isso fez a gente economizar tempo e energia que foram importantes no fim da subida. Saindo do teleférico o guia nos explicou que a piqueta era nossa melhor amiga na montanha. Nos mostrou como deveríamos proceder em caso de queda e também como seria a subida.

Villarrica II
Vulcão Villarrica

Crampons nas botas e partimos para o cume. Subir uma montanha ou vulcão muito ingrime, exige paciência. É realmente um pé na frente do outro e concentração o tempo todo para não perder o equilíbrio ou, em caso de queda, fazer o que o guia explicou. A primeira metade foi tranquila e éramos o grupo que liderava a subida. No meio da subida a gente via uma fumaça no topo que era mistura de enxofre e nuvem. Quanto mais a gente subia, mais o tempo fechava. No último terço da subida, o guia nos explicou a situação e disse que no ritmo que estávamos, conseguiríamos chegar ao cume, mas que talvez não conseguíssemos ver nada por causa do tempo. A gente encarou. Já no fim da subida, pegamos uma nevasca que prejudicava a visão e gelava o rosto e o corpo todo. Continuamos e conseguimos registrar nosso chegada ao cume. Vimos um pouco da cratera, cheiramos enxofre mas, infelizmente, não pudemos ficar muito lá em cima pois o tempo podia piorar. Começamos a descida e ainda encontramos um grupo que ia tentar chegar ao topo. Todos os outros tinham desistido por causa do mau tempo. Descemos o mais rápido que podíamos, incluindo técnicas de skibunda. Quando chegamos no pé do vulcão, olhamos pra cima e o céu estava azul novamente. O tempo ficou ruim só enquanto estávamos no topo. Mesmo assim, fui uma das melhores aventuras das nossas vidas! Já estamos com saudades do Villarrica.

Segundo grupo
Os outros grupos

Ficou assim
Quase lá...

La cumbre
La cumbre!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Chile

Com seus 4.300 km de comprimento, o Chile é um país que oferece muito ao turista. Praias do Pacífico, deserto, vulcões, bons vinhos, boa comida, pratos exóticos, ski, trekking, etc. A melhor maneira de contar como foi nossa viagem por lá, é dividindo em capítulos. Essa primeira parte é uma geral de tudo.

Foram duas semanas entre Santiago e Puerto Varas. Dirigimos cerca de 1.000 km até a região Los Lagos. Na primeira semana, visitamos Puerto Varas, Puerto Montt, Puerto Octay, Ensenada e Frutillar. Demos a volta no lago Llanquihue e conhecemos de perto o vulcão Osorno. Depois fomos até Pucón, pra parte mais legal da viagem, subir o vulcão Villarrica. De lá, voltamos pra Santiago.

A segunda semana foi pra conhecer melhor Santiago e a região. Num dia fomos até Valparaíso e Viña del Mar. Num outro, visitamos a vinícola Los Vascos. O último foi reservado para o ski no Vale Nevado.

O Chile é um país maravilhoso que tem um povo acolhedor e simpático. Com certeza merece outras visitas.


Santiago vista do Cerro San Cristóbal

Vulcão Osorno e Saltos del Petrohué

Escaladores no vulcão Villarrica

Com os pés no Oceano Pacífico