quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Pedal Cup

Fim de semana passado fomos até Pindamonhangaba visitar nossos amigos Pinto e Cris. Além disso, fomos participar da etapa de inauguração da Pedal Cup. A prova foi dividida em 3 categorias: Giro (34km), Premium (57km) e Tour (81km). Eu e a Julia fomos de tandem na categoria Giro. Além da gente, também foram o Renato, a Bibi, a Paula e a Laura. Na categoria Premium foram o Pinto, a Cris e o Pedrão. E na categoria Tour foram o Leonardo, o Marcelo e o Ganso.


A prova foi muito bem organizada, com bastante pontos de hidratação, staff sinalizando o caminho correto e gatorade e frutas no final. O tempo ajudou e algumas nuvens nos protegiam do sol forte por algumas vezes. O circuito de 34km foi tranquilo, com subidas curtas, boas descidas e toda em estrada de terra. Um ou outro trecho exigia mais cuidado por causa do areião ou cascalho. Fizemos o trajeto em 1h32'28". Ficamos em 1º na categoria tandem mista (só tinha a gente) e em 15º na geral entre 63 participantes. Chegamos com vontade de pedalar mais. Já estamos pensando nas provas do ano que vem.

Todos os nossos amigos terminaram bem e ilesos, tirando o Ganso que não conseguia andar por causa das câimbras. Mais informações sobre a corrida: www.pedalcup.com.br




Depois da corrida, uma truta

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Guarujá - Bertioga

Já fazia um tempo que a gente não saía de São Paulo. A correria do casamento nos fazia ficar por aqui. Percebi que já estava ficando estressado e quando as obrigações deram uma trégua, implorei pra Julia pra gente fazer uma viagem, nem que fosse de um dia. Escolhemos o famoso Guarujá.

Forte de São João

Dessa vez fomos sem o objetivo de ficar na praia. A idéia era pedalar pela antiga estrada Guarujá - Bertioga, que segundo o médico da Julia era uma estrada tranquila, no meio da Mata Atlântica e boa pra passear. Pegamos mais algumas informações na internet e fomos conferir. O Rui nos acompanhou.

Deixamos o carro 3 km antes de chegar no Perequê, perto da padaria e do hotel do Silvio Santos. A estrada é realmente bem tranquila e plana, ideal pra quem tá começando. Fazia sol, mas como estamos no inverno, o ar na sombra estava fresco. Até a balsa que vai pra Bertioga, foram 20 km. Atravessamos o canal e em Bertioga conhecemos o Forte de São João, que segundo o monitor, é o primeiro forte do Brasil. Depois pedalamos mais um pouco pela orla da cidade, comemos um churros e pegamos a balsa pra voltar pro Guarujá. O ponto final foi o restaurante Céu Azul, no Perequê. Lá comemos um Filé de Robalo à moda da casa pra repôr as calorias perdidas. Depois fomos pedalando até a praia Pernambuco pra fazer o programa básico: deitar na areia e entrar no mar. Pedalamos no total 47 km.

Voltamos no fim do dia, não pegamos trânsito e recarregamos as baterias. Um programa rápido, gostoso e barato. Vale a pena!

Na balsa pra Bertioga

Rui admirando a paisagem

Parada pro almoço

Praia Pernambuco

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

XTerra Quatro Estações


Sábado passado foi um dia importante. Não porque iríamos correr a XTerra em Indaiatuba, mas porque antes disso foi nosso casamento civil. Fizemos uma
comemoração rápida tomando um brunch no Treviolo Café. De lá, voltamos pra casa pra arrumar as coisas pra corrida.

A XTerra de Ilhabela nos deixou bem empolgados e estávamos ansiosos por mais essa corrida. O local da largada foi o Hotel Quatro Estações e dessa vez corremos durante o dia. Largamos às 16h num circuito de 8k que misturava muita estrada de terra, estrada de asfalto e um pouquinho de trilhas. O que não faltou foi subida e muita gente (me incluo) sofreu bastante. Apesar de Indaiatuba ser um lugar bonito, o hotel ter um lago e áreas bastante verdes, não se compara com Ilhabela. Terminamos a prova um pouco decepcionados, mas mesmo assim valeu a pena. Além de nós, também foi o Leonardo, o Renato e Rui. Terminei a corrida com 43'44" e fiquei em 30º, de 78 corredores. A Julia fez em 60'46" e ficou em 32ª entre as corredoras. Dessa vez não teve classificação por categorias, já que o
número de atletas era bem menor. O Leonardo fez 36'14" e o Renato 57'34". O Rui foi pra dar uma força e fazer a foto que segue abaixo (entre outras).

Renato, eu, Julia e Leonardo depois da corrida

:: XTerra Quatro Estações – Indaiatuba
Data: 1 de agosto de 2009
Horário: 16h
Distância: 8 km
Postos de hidratação: 4 (3 no percurso e 1 na chegada)

Mais informações: XTerra

terça-feira, 30 de junho de 2009

Ilhabela

A Ilhabela dispensa adjetivos. Já fui muitas vezes pra lá e nunca enjôo. Muitas pessoas reclamam dos borrachudos (com razão), mas nada quem um OFF não dê conta. Já queria participar da XTerra e quando descobri que seria na ilha, não pensei duas vezes e chamei os amigos pra correr. Alguns toparam, outros ficaram com medo dos tais borrachudos.

Vista da casa em construção

Viajamos de madrugada e não pegamos nenhum trânsito. Esperamos a balsa por pouco tempo. Só de navegar pelo canal e ver o sol batendo nas montanhas, já dá uma tranquilidade que é impossível ter em São Paulo. Dirigimos sentido sul, pra praia de Borrifos, que é onde a Márcia mora. Fomos muito bem recebidos e tivemos uma hospedagem maravilhosa. Durante todo o sábado, ficamos em função da XTerra. Depois da corrida noturna, fomos comemorar o pódium da galera. A dica é a ótima Pizzaria Redonda, que fica na estrada sentido sul, à alguns metros depois da praia do Curral. Restaurante amplo, ambiente super agradável e pizzas deliciosas! O sorvete de gengibre é exótico e uma boa pedida pra quem gosta da raiz.

O quintal da Márcia

Outra parte do quintal

Domingo foi dia de descanso. Acordamos sem pressa, tomamos café e depois fomos fazer uma visitinha na outra casa que a Márcia e o Cláudio estão construindo. O lugar é maravilhoso e tem uma vista fantástica. Aproveitamos pra descer até o "quintal" e fazer um mergulho livre. Com um dia de outono muito quente, foi bom entrar na água. A Leona aproveitou a movimentação no mar e também deu seus mergulhos. Apesar de não estarmos com nossos próprios equipamentos de mergulho, conseguimos ver muitos sargentinhos, peixes borboleta, budiões e até uma tartaruga. Voltando pra casa, um churrasco pra matar a fome. Antes de arrumar as malas, ainda corri com o Caleu em volta da casa. Depois de um fim de semana tão bom, o triste é voltar pra São Paulo e ainda pegar trânsito na marginal Tietê.

Vendo uma tartaruga

Leo e Leona


segunda-feira, 22 de junho de 2009

XTerra Night Trail Run - 9K

Neste último fim de semana, a Ilhabela foi palco do XTerra, um evento mundial que une esporte e natureza. Esta foi a etapa regional e contou com o Triathlon, Swim Challenge, XTerra Kids e Night Trail Run. Nós fomos para a ilha participar da corrida noturna.

Crianças aguardando a largada do XTerra Kids

Saímos de São Paulo durante a madrugada e chegamos na casa da Márcia bem cedo. Eles já estavam se preparando para ver o Cláudio na prova de natação. A primeira largada foi do Triathlon, às 9h. Depois foi a vez do Swim Challenge, às 10h. O Cláudio nadou os 1.500 m junto com a Leona (a labrador da família Placa), que acabou sendo a grande atração do evento. Algumas pessoas até acharam que ele era cego, por nadar junto com a cachorra. No fim da prova, todos queriam tirar foto com a nadadora. Às 16h foi a vez do Caleu correr a prova de 100 m, na categoria 4 a 6 anos. Ele era número 5 e chegou em 5º lugar. Assistimos à todas as baterias do XTerra Kids e depois ficamos esperando o horário da nossa prova.

Leona no pódium

Nossa largada foi na praia do Perequê. Um pouco antes, fizemos um alongamento conjunto. Como atrasou um pouco, fizemos aquecimento e mais alongamento. Liberaram o funil de largada e o apito foi soprado. A corrida começou com um curto trecho de areia, cruzou a avenida principal e pegamos uma rua em direção ao interior da ilha. Depois de um trecho de paralelepípedo, veio a lama! Era uma trilha com bastante barro e a ilumação era só do headlamp. As pontes estreitas e os buracos eram bem sinalizados com cones e fitas. Depois voltamos para uma parte com calçamento e entre os quilômetros 2 e 3 veio a bifurcação que dividia os corredores. Quem corria 5k, fazia o retorno, quem corria 9k, seguia reto. Continuei na reta e logo veio o que todos temiam. Uma bela de uma subida. Não dava pra ver o final dela por causa das curvas. Assim que o paralelepípedo acabou, a luz da rua também se foi. Subida no breu, só com o foco da lanterna e o barulho do rio. Meu alívio foi ver uma lanterninha vermelha lá em cima, sinal de que estava no caminho certo. Acabou a subida, veio a descida. Parecia fácil, mas com a terra solta, não tive coragem de ir à toda velocidade. Depois foi a vez do single track em mata bem fechada. Mais subida, mais descida. Entre um escorregão e outro procurava as fitas pra saber se estava na trilha correta. Mais uma luz vermelha para aliviar. Em seguida voltamos para cidade e eu guardava forças caso aparecesse alguma subida mais forte. Alguém do staff gritou que faltava apenas um quilômetro, mas não acreditei. Fiquei feliz quando escutei a voz do locutor se aproximando, mas ele estava do lado direito e nos mandaram para o lado esquerdo. Correndo na ciclovia, paralela ao mar, vi várias lanternas no sentido contrário. A essa hora já sabia o que me esperava. Foram mais uns 800 m correndo na areia fofa o que causou um desgaste e tanto. Cruzando a linha de chegada, escutei um "eeeeee" dos amigos que chegaram antes. Foi um misto de felicidade, alívio e sensação de dever cumprido! Acabei a prova em 53'57". Fiquei em 13º da categoria "masc. 30-34", 50º entre os homens e 55º na geral. Os outros resultados foram:

Julia, 2ª fem 25-29, 5K
Márcia, 3ª fem 35-39, 9K
Cláudio, 3º masc 40-44, 9K
Leonardo, 2º masc 35-39, 9K
Cyrus, 1º masc 25-29, 5K
Renato, 3º masc 25-29, 5K
Cabeça, 1º masc 30-34, 5K

Da esquerda pra direita: Roberta, Eli, Leo, Cyrus, Cabeça, Márcia, Cláudio, Julia, Flávio, Renato e Leona no meio.

Com certeza essa foi a corrida mais legal que já fiz. Parabéns a todos e que venham as próximas!

:: XTerra Night Trail Run – Ilhabela
Data: 20 de junho de 2009
Horário: 19h
Distâncias: 5 km e 9 km
Postos de hidratação: 4 (3 no percurso e 1 na chegada)

Mais informações: XTerra Brazil

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Joinville

Nossa viagem pra Joinville teve um motivo nobre. Fomos convidados para ser padrinhos do Bruno, sobrinho da Julia. Além dessa honra, teve também a festa de aniversário de 1 ano.

Entrada do salão de festas

Aproveitamos nossas milhas e pegamos o avião em Congonhas. No meio do caminho, avistamos a Ilha Comprida e nos deu vontade de pedalar por aquela praia imensa. Quem sabe daqui a alguns meses a gente poste algo sobre essa pedalada. Chegando na cidade dos marrecos com repolho roxo, fomos direto pro salão de festas encher dezenas de bexigas. Depois de arrumar tudo, fizemos um almoço rápido e fomos nos preparar pra atacar os salgadinhos e docinhos da festa.

Sobrevoando o litoral sul

O domingo foi o dia do batizado. O mais curioso foi ver o pastor dando o sermão. Parecia um ator de teatro. Falava alto, gesticulava, arregalava os olhos, interpretava. Assim que a cerimônia se encerrou, fomos para a casa do Bruno instalar o seu presente (uma cadeirinha de bicicleta). Pelo que me pareceu, ele gostou. Ficou sentado na garupa, segurando seu cata-vento e curtindo a brisa no rosto. Já deu pra perceber que vai seguir os passos do pai. Acabou a brincadeira e chegou a hora de comer. Fornão era o lugar da gula. Encaramos um rodízio de massa maravilhoso. A recomendação fica pra Lasanha de Espinafre e também o Fettucini com Brócolis e Filet Mignon.

Bruno e seu cata-vento

Igreja do batizado

O nosso hotel também fica como dica. Era o Hotel 10, simples, novo, limpo e justo. Pagamos R$ 79,00 a diária do casal.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Santa Rosa de Calamuchita - Argentina :: Abril 2009

(Esse post é uma continuação da viagem que começou aqui e passou por aqui)

Chegamos em Santa Rosa e fomos direto ao hotel. Tínhamos reservado 2 diárias no Hotel Gloria e chegamos lá para fazer o check-in. A dona logo nos atendeu e, pedindo muitas desculpas, nos avisou que já eram 19hs e ela tinha achado que nós não íamos mais aparecer. Chegou um ônibus cheio e ela acabou dando nosso quarto para eles.

Ela prometeu nos ajudar a achar um lugar para passar a noite e ainda nos disse que poderíamos voltar no dia seguinte, que ela nos daria um quarto sem cobrar nada. Depois de umas ligações, ela nos mandou para a Hosteria del Sol.

Hosteria del Sol

Chegando lá, percebemos que o lugar não era exatamente muito normal e o quarto era bem mais antigo do que gostaríamos, mas estava tudo muito limpo e arrumado. Independente de qualquer coisa, o dono da pousada era um senhorzinho muito simpático e descolado. Nos tratou muito bem e, o tempo inteiro, mostrou ser uma pessoa extremamente feliz e de bem com a vida. Muito bom conhecer gente assim...

O tiozinho mais feliz de Calamuchita! :-)

Saímos umas 21hs para jantar. Como a cidade é pequena, fiquei com medo dos restaurantes fecharem cedo. Mas que nada! Acho que fomos os primeiros a chegar - quando saímos estava bem mais cheio!

Por indicação do tiozinho da Hosteria, jantamos em um lugar chamado La Pulperia, que fica no comecinho da rua Libertad. Comemos trucha e bebemos sangria - a receita da região não tem pedaços de frutas, mas sim suco de limão e açúcar. Muito bom!

Depois andamos pela rua Libertad, tomamos um helado de dulce de leche e voltamos
felizes para a Hosteria.

No dia seguinte, antes de sair para conhecer outras vilas, andamos um pouco por Santa Rosa. Fomos até o rio, que no verão é como a praia da cidade. Muito limpo, cheio de pedras redondas e bem raso. Se não estivesse friozinho, teríamos entrado!


Rio Santa Rosa

De noite, voltamos para Santa Rosa e fomos finalmente para o Hotel Gloria. A dona cumpriu o prometido e nos deu o melhor quarto do hotel! Tinha uma ante-sala e um banheiro enorme, com hidromassagem e tudo mais! Aproveitamos para descansar um pouco...

Hotel Gloria

Compramos alfajores em uma fábrica da cidade e jantamos em um restaurante na rua Mendoza, que me esqueci o nome (Los Piños, ou algo parecido). Comi trucha de novo, dessa vez com molho de champignons. O Chan pediu um tal de Pejerey, que também é típico da região e era bem gostoso! Mais um helado de sobremesa e fomos dormir. No dia seguinte, acordamos cedo e pegamos a estrada em direção à Córdoba.

Bienvenidos a Santa Rosa!

Links relacionados:
Mais fotos de Santa Rosa de Calamuchita
Hosterial del Sol (100 pesos/casal/noite com café da manhã)
Hotel Gloria (Não pagamos nada! :-)

Valle de Calamuchita - Argentina :: Abril 2009

(Esse post é uma continuação da viagem que começou aqui e passou por aqui)

Saímos de Córdoba às 16hs de uma sexta feira. O dia estava lindo e tínhamos que rodar 100km até chegar a Santa Rosa de Calamuchita. No caminho, muitas cidadezinhas e vilas para conhecermos.

Começamos por Alta Gracia, onde fica a Estancia Jesuitica - um complexo construído no século XVII pelos Jesuítas. Os prédios foram transformados em um museu sem grandes atrativos, mas por 4 pesos vale a pena entrar para ver.


Estancia Jesuítica em Alta Gracia

Seguimos mais para o sul e paramos em vários pontos para fotografar a represa chamada Dique Los Molinos. Com muitas montanhas em volta, a cada curva a paisagem fica mais bonita. A estrada continua, com muitas curvas e subidas. Como já estava ficando tarde, continuamos sem paradas até chegar em Santa Rosa de Calamuchita , onde dormimos. (Falo mais sobre Santa Rosa no próximo post)

Dique Los Molinos

No dia seguinte, fomos mais ao sul em direção à outra represa, chamada Embalse. Paramos nas vilas nas margens dela: Villa Rumipal, Villa del Dique e uma chamada também Embalse.

Arriscamos ir mais uma cidade pra frente, chamada La Cruz. Foi uma perda de tempo. Era uma cidade feia, nada turística e até a tal cruz era sem graça!


Flavio em Embalse

Pegamos uma outra estrada, indo para o Oeste e fomos até Yacanto de Calamuchita. Uma cidadezinha simpática, mas as melhores vistas estavam mesmo no caminho até lá. Da estrada podíamos ver de um lado o Cerro Champaquí - pico mais alto da região - e do outro as Sierras Chicas.

Voltamos para Santa Rosa, aproveitando a paisagem do caminho de volta. Passamos mais uma noite por lá.


A vista de Yacanto de Calamuchita

No último dia, tínhamos que voltar para Córdoba, então seguimos para o norte. Paramos na Villa General Belgrano, que foi fundada por alemães. Como toda boa cidade alemã, lá existem algumas cervejarias artesanais. Paramos na mais antiga de todas: Viejo Munich.

Experimentamos 2 tipos de cerveja (Frambuesa e Roja - as 2 muito boas!) e comemos empanadas de cabrito - as melhores de toda a viagem! Quem passar por lá não pode deixar de pedir... Compramos também outros tipos de de cervejas para trazer ao Brasil.


Cerveza de Frambuesa do Viejo Munich

Resolvemos subir um morro da região, chamado Pico Alemán. Uma subidinha puxada, de uns 40 minutos, com muito sol na cabeça. Teria sido mais agradável, se eu não tivesse tomado as 2 cervejas quase sozinha... Fiquei meio tonta, mas a vista lá de cima valeu o esforço.

E ainda tinha uma estátua da "virgen" para purificar todos os meus pecados! Depois disso, a descida foi bem mais fácil...


Começo da trilha para subir o Pico Alemán

Já estava na hora de ir e voltamos para o carro. Continuamos sem muitas paradas, fizemos um caminho diferente na volta, passando por Los Reartes. Vale a pena só pela vista do Dique Los Molinos por outro ângulo.

Chegamos em Córdoba e voltamos para São Paulo na madrugada seguinte.
Fim do fim de semana Argentino.



Links relacionados:
Mais fotos do Valle de Calamuchita

domingo, 24 de maio de 2009

Tandem

Antes de publicar o post sobre a cicloviagem, preciso apresentar um personagem importante de algumas das nossas viagens. Um personagem que vai aparecer tanto no Por Aí quanto no Por Aqui, dependendo da ocasião. Estou falando da nossa tandem.

Pra quem não sabe, uma tandem é uma bicicleta de 2 (ou mais) lugares, do tipo daquelas que costuma ser alugada em parques. Mas a nossa é um pouco mais chique, com peças melhores, freio a disco e outras melhorias feitas pelo Flavio que eu não saberia explicar.

"Experimentamos" a tandem de um amigo há uns 2 anos e gostamos da experiência. Um pouco depois, fui me aventurar em terras holandesas e voltei querendo pedalar por aqui também. Na mesma época, ficamos sabendo que o amigo estava vendendo a tandem e, como eu ainda não tinha segurança para pedalar sozinha no trânsito maluco de São Paulo, resolvemos comprar. O Flavio, que tem mais experiência, vai na frente pilotando e eu vou atrás pedalando.

Nossa primeira experiência com a tandem

Desde então fazemos a alegria de crianças e curiosos em geral. Toda vez que saímos de casa com a tandem escutamos algum tipo de comentário. "Olha, mãe, que bicicleta engraçada!", "Olha que legal!", "Onde vocês compraram?", "Eu quero uma dessas!" e por aí vai...

Outra coisa que escutamos muito é "Quem está atrás também faz força?". E a resposta é SIM. A pessoa de trás, que não se chama carona e sim stoker, pedala tanto quanto a pessoa da frente.

Com a nossa tandem já pedalamos bastante por São Paulo, fizemos trilhas, participamos de uma corrida de mountain bike (com direito a medalha e tudo) e fizemos uma cicloviagem.
E, agora sim, o próximo post será sobre a cicloviagem.

Nós, a tandem e a Estrada Real - cicloviagem no Carnaval 2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sobre bicicletas

Antes de publicar o próximo post (e outros que ainda virão), preciso falar sobre bicicletas.

O Flavio nasceu no interior, cresceu no interior e teve uma infância de menino do interior. Isso inclui um relacionamento longo com as bicicletas. Várias vezes já escutei as histórias dele sobre as mini pistas de rali que montavam num terreno vazio, as bicicletas das irmãs que roubava e arrancava os acessórios mais femininos, das trilhas e outras aventuras no meio do mato com os amigos e suas bicicletas.

Tudo isso faz ele ser um ciclista apaixonado, com muita experência em todos os terrenos e que entende bastante de marchas, cubos, cassetes, pés-de-vela e rebimbocas-da-parafuseta.

Eu, por outro lado, fui uma típica menina urbana. Tive poucas bicicletas, sendo que a última deve ter sido aos 10 anos, bem no estilo Caloi Ceci cor de rosa. Mas aquele velho ditado é verdade: andar de bicicleta a gente nunca esquece!

Descobri isso quando fui morar na Holanda há quase 2 anos e, durante 7 meses, só usava a bicicleta como meio de locomoção. As primeiras pedaladas, depois de tantos anos sem prática, foram meio desastrosas. Mas em poucos dias eu já estava profissional. Aprendi a pedalar de calça jeans apertada, de vestido, de saia, de bota e, principalmente, depois de tomar algumas cervejas holandesas. Sim, na holanda se vai pra balada de bicicleta. E tudo isso sem cair uma única vez! Um orgulho para mim mesma.


Bicicletas congeladas em Den Haag, Holanda

Enfim, tudo isso para explicar a nossa relação com as bicicletas. O Flavio tem um relacionamento longo e estável e eu ainda estou naquela fase "começo de namoro" - tenho ótimos momentos mas ainda não confio 100%.

Costumamos pedalar bastante em São Paulo e fora daqui. Fazemos algumas trilhas e até viagens de bicicleta. E é exatamente sobre isso que quero escrever no próximo post: minha primeira cicloviagem. :-)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Minha primeira vez

Eu sempre sonhei em ter um trabalho que me fizesse viajar pra lá e pra cá, que me mandasse pra várias cidades do Brasil, que me enviasse pro exterior... Como escolhi ser designer gráfico, a chance disso ocorrer não é lá muito grande. O mais provável é que eu fique (e fiquei) anos da minha vida profissional dentro de um escritório, na frente do computador, cultivando a pança. Mas sempre existe uma primeira vez pra tudo. Nessa semana fui viajar a trabalho, coisa que não imaginava que podia acontecer. Tudo graças à fotografia! Apareceu um trabalho de filmagem (que está sendo feito pelo Velho Tarado) na agência. A idéia é pegar depoimentos de vários funcionários de uma grande empresa aqui no Brasil. Como fui eleito o fotógrafo oficial da ?EC, me escalaram pra clicar todos que fossem filmados. Claro que gostei da idéia.

Amanhecendo em Belo Horizonte

Segunda feira à tarde, fomos pra Congonhas rumo à Belo Horizonte. Nos hospedamos no Ceasar, o mesmo hotel que os executivos da tal empresa ficam. Coisa de R$ 200,00 a diária. Confesso que não estou acostumado com esse nível de hotel. Restaurante chique, spa, fitness center, wi fi em todos os andares, piscina (infelizmente em manutenção), bistrô, etc.

Terça acordamos cedo e às 7h estavamos tomando a maravilha do café da manhã do hotel. Depois disso entramos na van com todos os equipamentos e fomos até o local de filmagem. O set acabou de ser montado às 9h. Só saimos de lá às 19h30 alimentados apenas por pão de queijo. Voltamos pro hotel quebrados e bem na hora da janta, o time do Vitória (da Bahia) chegou e acabou com o rango. Tivemos que esperar o buffet ser reposto 2x pra conseguir comer. Dormimos cedo pra acordar às 4h30 e pegar o vôo pro Rio de Janeiro.

O set no Rio de Janeiro

Às 8h de quarta feira, pisamos em chão carioca. Sai do aeroporto, entra na van. Sai da van, entra no escritório. Sai do escritório, entra no shopping pra almoçar. Sai do shopping, entra no escritório. Sai do escritório, entra na van. Sai da van, entra no aeroporto. Rio de Janeiro? Onde? Só na vista do escritório. Não deu nem pra gente sentir a maresia da cidade maravilhosa. Entre um entrevistado e outro eu abria a persiana pra ver o Pão de Açúcar lá fora. Isso me deu uma certa tristeza.

Que vontade de estar lá fora...

No começo da noite já estávamos respirando a poluição de São Paulo novamente. Foi uma correria, ficamos cansados, não pisamos na areia de Copacabana, mas mesmo assim, viajar é bom e todo mundo gosta!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Numa mesa de bar

Era uma noite quente do ano de 1999. No bar, as pessoas tomavam suas biritas. Entre uma e outra dose de uísque, eu e mais dois amigos decidimos nos aventurar por terras estrangeiras pela primeira vez. O destino seria dos livros de história e geografia: Machu Picchu.

Tínhamos 3 meses pra planejar tudo. Com a Internet nos seus primórdios, a pesquisa foi bem superficial. As informações mais úteis vieram de conversas com pessoas que já tinham ido. Durante esse tempo, um dos amigos conseguiu um bom emprego e desistiu da aventura. Eu e o Daniel, decidimos que iríamos. Alguns dias antes da partida, sem nunca termos colocado um mochilão, caminhávamos pelas ladeiras de Perdizes com toda a nossa bagagem nas costas a fim de nos acostumarmos com o peso. Fomos caminhando de casa até o terminal rodoviário Barra Funda, de onde partiria nosso ônibus pra Corumbá.

Estrada sinuosa que nos levava até Chacaltaya, na Bolívia.

Vista geral de Machu Picchu, no Peru.

Paisagem vista do trem que ia de Calama (Chile), até Uyuni (Bolívia)

A viagem toda foi feita de ônibus e trem. Alguns trechos demoravam até 24 horas. O objetivo era fazer a Trilha Inca e conhecer o deserto de Atacama. Passamos pela Bolívia porque era o caminho mais curto. O país era (e ainda deve ser) uma bagunça, mas as paisagens surpreenderam. Fazer a trilha de 4 dias até Machu Picchu, com o mochilão cheio, não foi nada fácil. Ser o primeiro grupo a chegar na cidade Inca, não tem preço. Valeu cada gota de suor, cada centímetro subido, cada folha de coca (urgh!) mascada. De lá, seguimos pro Chile pra conhecer o deserto do Atacama. San Pedro de Atacama seria nosso último destino. Depois disso, levaríamos uma semana pra voltar pra São Paulo. Conheci muita gente durante a viagem toda. Alguns deles ainda são grandes amigos até hoje. Passamos perrengue! E como! Dormimos em praça, congelamos no trem, ficamos sem tomar banho, sentimos dor no corpo todo, peguei uma diarréia dos infernos, mas faria tudo de novo... sem mudar nada.

Tudo isso mudou a minha vida. Viver num lugar só não era suficiente. Conhecer só o Brasil também não. O vício de viajar me dominou. O bom é que abandonei o uísque e as mesas de bar.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Córdoba - Argentina :: Abril/2009


Uma promoção da Smiles e vôos lotados para qualquer outra cidade da América do Sul. Foi assim que decidimos ir para Córdoba, na Argentina.

Pesquisamos sobre a cidade, que é a segunda maior da Argentina e descobrimos que as maiores atrações são algumas igrejas e prédios das universidades antigas. Encontramos também muitos elogios sobre a vida noturna, já que a cidade é cheia de estudantes.

Após uma parada em Porto Alegre, chegamos de mad
rugada ao aeroporto de Córdoba. O taxi custou cerca de 40 pesos e demorou pouco mais de 20 minutos. Ficamos hospedados no Gran Hotel Victoria, que tem um nome bonito, mas está meio caidinho. Fica bem localizado no centro da cidade, mas está velho e mal-cuidado. Apesar de tudo, era limpinho... Está sendo reformado e renovado e, talvez, fique melhor depois de terminado.

Gran Hotel Victoria

A cidade em si não é muito bonita. As ruas centrais chamadas "Peatonais", onde carros não podem entrar, são bagunçadas e as lojas não aguçaram meus instintos consumistas. As igrejas e prédios históricos construídos pelos Jesuítas são muito bonitos por dentro e por fora, mas podem ser vistos em algumas poucas horas.


Catedral de Córdoba

O rio Suquía, que corta a cidade, está longe de ser bonito. Faz melhor negócio quem vai para o sul, na região do parque Sarmiento. Não conseguimos encontrar - nem no mapa, nem na cidade - o bairro chamado "Cerro de las Rosas" onde supostamente existem vários restaurantes bacanas.

Como dica de restaurante só posso falar de um lugar simpático na Calle Caseros (não me lembro o nome, mas fica em frente a uma pracinha), onde comemos um prato típico da região de Salta, no norte Argentino. O Locro era um tipo de sopa à base de milho
com pedaços estranhos de carne que eu prefiro não saber de que parte da vaca vieram. O que importa é que estava gostoso e foi muito bem acompanhado por empanadas de carne. :-)

Las Empanadas y El Locro
Empanadas, Quilmes e Locro

No total, ficamos menos de 2 dias na cidade, mas foi o suficiente. De lá, alugamos um carro e fomos conhecer o Valle de Calamuchita, cerca de 100k ao sul de Córdoba. Essa foi a parte da viagem que fez tudo valer a pena. Mais no próximo post.

:: Informações Úteis ::
Mais fotos de Córdoba
Site Oficial de Córdoba
Gran Hotel Victoria (Preço: 140 pesos/noite/casal, com café da manhã)

sábado, 18 de abril de 2009

Pé na estrada

Aos 23 anos, com algumas economias e muita coragem, passei 28 dias sozinha na Europa. Me encontrei com alguns amigos pelo caminho e pude conhecer 11 cidades do velho mundo. Voltei diferente e a vontade de viajar não saiu mais de mim...

Dois anos mais tarde, já com 1/4 de século pesando nas costas, resolvi passar um tempo fora do Brasil. A decisão mais difícil que tomei, mas que me rendeu as melhores experiências de vida que tenho. Fiquei 7 meses na Holanda e viajei o quanto o dinheiro me permitiu.

Em outros anos, também tive a chance de conhecer os Estados Unidos, o Uruguai, a Argentina e as Antilhas Holandesas, além de muitos lugares pelo Brasil. A cada viagem, a certeza que que viajar é a melhor coisa do mundo.

Desde 2005, eu viajo com o Flavio. Resolvemos fazer esse blog para compartilhar nossas experiências e informações sobre os lugares onde já estivemos. Temos algumas dicas e muitas fotos, que esperamos que ajudem aqueles que pretendem conhecer esses lugares.

Entre uma viagem e outra, tentamos aproveitar ao máximo o que São Paulo nos oferece. Essas histórias, a gente conta no
Por Aqui.

Boa viagem!