segunda-feira, 27 de abril de 2009

Numa mesa de bar

Era uma noite quente do ano de 1999. No bar, as pessoas tomavam suas biritas. Entre uma e outra dose de uísque, eu e mais dois amigos decidimos nos aventurar por terras estrangeiras pela primeira vez. O destino seria dos livros de história e geografia: Machu Picchu.

Tínhamos 3 meses pra planejar tudo. Com a Internet nos seus primórdios, a pesquisa foi bem superficial. As informações mais úteis vieram de conversas com pessoas que já tinham ido. Durante esse tempo, um dos amigos conseguiu um bom emprego e desistiu da aventura. Eu e o Daniel, decidimos que iríamos. Alguns dias antes da partida, sem nunca termos colocado um mochilão, caminhávamos pelas ladeiras de Perdizes com toda a nossa bagagem nas costas a fim de nos acostumarmos com o peso. Fomos caminhando de casa até o terminal rodoviário Barra Funda, de onde partiria nosso ônibus pra Corumbá.

Estrada sinuosa que nos levava até Chacaltaya, na Bolívia.

Vista geral de Machu Picchu, no Peru.

Paisagem vista do trem que ia de Calama (Chile), até Uyuni (Bolívia)

A viagem toda foi feita de ônibus e trem. Alguns trechos demoravam até 24 horas. O objetivo era fazer a Trilha Inca e conhecer o deserto de Atacama. Passamos pela Bolívia porque era o caminho mais curto. O país era (e ainda deve ser) uma bagunça, mas as paisagens surpreenderam. Fazer a trilha de 4 dias até Machu Picchu, com o mochilão cheio, não foi nada fácil. Ser o primeiro grupo a chegar na cidade Inca, não tem preço. Valeu cada gota de suor, cada centímetro subido, cada folha de coca (urgh!) mascada. De lá, seguimos pro Chile pra conhecer o deserto do Atacama. San Pedro de Atacama seria nosso último destino. Depois disso, levaríamos uma semana pra voltar pra São Paulo. Conheci muita gente durante a viagem toda. Alguns deles ainda são grandes amigos até hoje. Passamos perrengue! E como! Dormimos em praça, congelamos no trem, ficamos sem tomar banho, sentimos dor no corpo todo, peguei uma diarréia dos infernos, mas faria tudo de novo... sem mudar nada.

Tudo isso mudou a minha vida. Viver num lugar só não era suficiente. Conhecer só o Brasil também não. O vício de viajar me dominou. O bom é que abandonei o uísque e as mesas de bar.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Córdoba - Argentina :: Abril/2009


Uma promoção da Smiles e vôos lotados para qualquer outra cidade da América do Sul. Foi assim que decidimos ir para Córdoba, na Argentina.

Pesquisamos sobre a cidade, que é a segunda maior da Argentina e descobrimos que as maiores atrações são algumas igrejas e prédios das universidades antigas. Encontramos também muitos elogios sobre a vida noturna, já que a cidade é cheia de estudantes.

Após uma parada em Porto Alegre, chegamos de mad
rugada ao aeroporto de Córdoba. O taxi custou cerca de 40 pesos e demorou pouco mais de 20 minutos. Ficamos hospedados no Gran Hotel Victoria, que tem um nome bonito, mas está meio caidinho. Fica bem localizado no centro da cidade, mas está velho e mal-cuidado. Apesar de tudo, era limpinho... Está sendo reformado e renovado e, talvez, fique melhor depois de terminado.

Gran Hotel Victoria

A cidade em si não é muito bonita. As ruas centrais chamadas "Peatonais", onde carros não podem entrar, são bagunçadas e as lojas não aguçaram meus instintos consumistas. As igrejas e prédios históricos construídos pelos Jesuítas são muito bonitos por dentro e por fora, mas podem ser vistos em algumas poucas horas.


Catedral de Córdoba

O rio Suquía, que corta a cidade, está longe de ser bonito. Faz melhor negócio quem vai para o sul, na região do parque Sarmiento. Não conseguimos encontrar - nem no mapa, nem na cidade - o bairro chamado "Cerro de las Rosas" onde supostamente existem vários restaurantes bacanas.

Como dica de restaurante só posso falar de um lugar simpático na Calle Caseros (não me lembro o nome, mas fica em frente a uma pracinha), onde comemos um prato típico da região de Salta, no norte Argentino. O Locro era um tipo de sopa à base de milho
com pedaços estranhos de carne que eu prefiro não saber de que parte da vaca vieram. O que importa é que estava gostoso e foi muito bem acompanhado por empanadas de carne. :-)

Las Empanadas y El Locro
Empanadas, Quilmes e Locro

No total, ficamos menos de 2 dias na cidade, mas foi o suficiente. De lá, alugamos um carro e fomos conhecer o Valle de Calamuchita, cerca de 100k ao sul de Córdoba. Essa foi a parte da viagem que fez tudo valer a pena. Mais no próximo post.

:: Informações Úteis ::
Mais fotos de Córdoba
Site Oficial de Córdoba
Gran Hotel Victoria (Preço: 140 pesos/noite/casal, com café da manhã)

sábado, 18 de abril de 2009

Pé na estrada

Aos 23 anos, com algumas economias e muita coragem, passei 28 dias sozinha na Europa. Me encontrei com alguns amigos pelo caminho e pude conhecer 11 cidades do velho mundo. Voltei diferente e a vontade de viajar não saiu mais de mim...

Dois anos mais tarde, já com 1/4 de século pesando nas costas, resolvi passar um tempo fora do Brasil. A decisão mais difícil que tomei, mas que me rendeu as melhores experiências de vida que tenho. Fiquei 7 meses na Holanda e viajei o quanto o dinheiro me permitiu.

Em outros anos, também tive a chance de conhecer os Estados Unidos, o Uruguai, a Argentina e as Antilhas Holandesas, além de muitos lugares pelo Brasil. A cada viagem, a certeza que que viajar é a melhor coisa do mundo.

Desde 2005, eu viajo com o Flavio. Resolvemos fazer esse blog para compartilhar nossas experiências e informações sobre os lugares onde já estivemos. Temos algumas dicas e muitas fotos, que esperamos que ajudem aqueles que pretendem conhecer esses lugares.

Entre uma viagem e outra, tentamos aproveitar ao máximo o que São Paulo nos oferece. Essas histórias, a gente conta no
Por Aqui.

Boa viagem!