terça-feira, 26 de maio de 2009

Santa Rosa de Calamuchita - Argentina :: Abril 2009

(Esse post é uma continuação da viagem que começou aqui e passou por aqui)

Chegamos em Santa Rosa e fomos direto ao hotel. Tínhamos reservado 2 diárias no Hotel Gloria e chegamos lá para fazer o check-in. A dona logo nos atendeu e, pedindo muitas desculpas, nos avisou que já eram 19hs e ela tinha achado que nós não íamos mais aparecer. Chegou um ônibus cheio e ela acabou dando nosso quarto para eles.

Ela prometeu nos ajudar a achar um lugar para passar a noite e ainda nos disse que poderíamos voltar no dia seguinte, que ela nos daria um quarto sem cobrar nada. Depois de umas ligações, ela nos mandou para a Hosteria del Sol.

Hosteria del Sol

Chegando lá, percebemos que o lugar não era exatamente muito normal e o quarto era bem mais antigo do que gostaríamos, mas estava tudo muito limpo e arrumado. Independente de qualquer coisa, o dono da pousada era um senhorzinho muito simpático e descolado. Nos tratou muito bem e, o tempo inteiro, mostrou ser uma pessoa extremamente feliz e de bem com a vida. Muito bom conhecer gente assim...

O tiozinho mais feliz de Calamuchita! :-)

Saímos umas 21hs para jantar. Como a cidade é pequena, fiquei com medo dos restaurantes fecharem cedo. Mas que nada! Acho que fomos os primeiros a chegar - quando saímos estava bem mais cheio!

Por indicação do tiozinho da Hosteria, jantamos em um lugar chamado La Pulperia, que fica no comecinho da rua Libertad. Comemos trucha e bebemos sangria - a receita da região não tem pedaços de frutas, mas sim suco de limão e açúcar. Muito bom!

Depois andamos pela rua Libertad, tomamos um helado de dulce de leche e voltamos
felizes para a Hosteria.

No dia seguinte, antes de sair para conhecer outras vilas, andamos um pouco por Santa Rosa. Fomos até o rio, que no verão é como a praia da cidade. Muito limpo, cheio de pedras redondas e bem raso. Se não estivesse friozinho, teríamos entrado!


Rio Santa Rosa

De noite, voltamos para Santa Rosa e fomos finalmente para o Hotel Gloria. A dona cumpriu o prometido e nos deu o melhor quarto do hotel! Tinha uma ante-sala e um banheiro enorme, com hidromassagem e tudo mais! Aproveitamos para descansar um pouco...

Hotel Gloria

Compramos alfajores em uma fábrica da cidade e jantamos em um restaurante na rua Mendoza, que me esqueci o nome (Los Piños, ou algo parecido). Comi trucha de novo, dessa vez com molho de champignons. O Chan pediu um tal de Pejerey, que também é típico da região e era bem gostoso! Mais um helado de sobremesa e fomos dormir. No dia seguinte, acordamos cedo e pegamos a estrada em direção à Córdoba.

Bienvenidos a Santa Rosa!

Links relacionados:
Mais fotos de Santa Rosa de Calamuchita
Hosterial del Sol (100 pesos/casal/noite com café da manhã)
Hotel Gloria (Não pagamos nada! :-)

Valle de Calamuchita - Argentina :: Abril 2009

(Esse post é uma continuação da viagem que começou aqui e passou por aqui)

Saímos de Córdoba às 16hs de uma sexta feira. O dia estava lindo e tínhamos que rodar 100km até chegar a Santa Rosa de Calamuchita. No caminho, muitas cidadezinhas e vilas para conhecermos.

Começamos por Alta Gracia, onde fica a Estancia Jesuitica - um complexo construído no século XVII pelos Jesuítas. Os prédios foram transformados em um museu sem grandes atrativos, mas por 4 pesos vale a pena entrar para ver.


Estancia Jesuítica em Alta Gracia

Seguimos mais para o sul e paramos em vários pontos para fotografar a represa chamada Dique Los Molinos. Com muitas montanhas em volta, a cada curva a paisagem fica mais bonita. A estrada continua, com muitas curvas e subidas. Como já estava ficando tarde, continuamos sem paradas até chegar em Santa Rosa de Calamuchita , onde dormimos. (Falo mais sobre Santa Rosa no próximo post)

Dique Los Molinos

No dia seguinte, fomos mais ao sul em direção à outra represa, chamada Embalse. Paramos nas vilas nas margens dela: Villa Rumipal, Villa del Dique e uma chamada também Embalse.

Arriscamos ir mais uma cidade pra frente, chamada La Cruz. Foi uma perda de tempo. Era uma cidade feia, nada turística e até a tal cruz era sem graça!


Flavio em Embalse

Pegamos uma outra estrada, indo para o Oeste e fomos até Yacanto de Calamuchita. Uma cidadezinha simpática, mas as melhores vistas estavam mesmo no caminho até lá. Da estrada podíamos ver de um lado o Cerro Champaquí - pico mais alto da região - e do outro as Sierras Chicas.

Voltamos para Santa Rosa, aproveitando a paisagem do caminho de volta. Passamos mais uma noite por lá.


A vista de Yacanto de Calamuchita

No último dia, tínhamos que voltar para Córdoba, então seguimos para o norte. Paramos na Villa General Belgrano, que foi fundada por alemães. Como toda boa cidade alemã, lá existem algumas cervejarias artesanais. Paramos na mais antiga de todas: Viejo Munich.

Experimentamos 2 tipos de cerveja (Frambuesa e Roja - as 2 muito boas!) e comemos empanadas de cabrito - as melhores de toda a viagem! Quem passar por lá não pode deixar de pedir... Compramos também outros tipos de de cervejas para trazer ao Brasil.


Cerveza de Frambuesa do Viejo Munich

Resolvemos subir um morro da região, chamado Pico Alemán. Uma subidinha puxada, de uns 40 minutos, com muito sol na cabeça. Teria sido mais agradável, se eu não tivesse tomado as 2 cervejas quase sozinha... Fiquei meio tonta, mas a vista lá de cima valeu o esforço.

E ainda tinha uma estátua da "virgen" para purificar todos os meus pecados! Depois disso, a descida foi bem mais fácil...


Começo da trilha para subir o Pico Alemán

Já estava na hora de ir e voltamos para o carro. Continuamos sem muitas paradas, fizemos um caminho diferente na volta, passando por Los Reartes. Vale a pena só pela vista do Dique Los Molinos por outro ângulo.

Chegamos em Córdoba e voltamos para São Paulo na madrugada seguinte.
Fim do fim de semana Argentino.



Links relacionados:
Mais fotos do Valle de Calamuchita

domingo, 24 de maio de 2009

Tandem

Antes de publicar o post sobre a cicloviagem, preciso apresentar um personagem importante de algumas das nossas viagens. Um personagem que vai aparecer tanto no Por Aí quanto no Por Aqui, dependendo da ocasião. Estou falando da nossa tandem.

Pra quem não sabe, uma tandem é uma bicicleta de 2 (ou mais) lugares, do tipo daquelas que costuma ser alugada em parques. Mas a nossa é um pouco mais chique, com peças melhores, freio a disco e outras melhorias feitas pelo Flavio que eu não saberia explicar.

"Experimentamos" a tandem de um amigo há uns 2 anos e gostamos da experiência. Um pouco depois, fui me aventurar em terras holandesas e voltei querendo pedalar por aqui também. Na mesma época, ficamos sabendo que o amigo estava vendendo a tandem e, como eu ainda não tinha segurança para pedalar sozinha no trânsito maluco de São Paulo, resolvemos comprar. O Flavio, que tem mais experiência, vai na frente pilotando e eu vou atrás pedalando.

Nossa primeira experiência com a tandem

Desde então fazemos a alegria de crianças e curiosos em geral. Toda vez que saímos de casa com a tandem escutamos algum tipo de comentário. "Olha, mãe, que bicicleta engraçada!", "Olha que legal!", "Onde vocês compraram?", "Eu quero uma dessas!" e por aí vai...

Outra coisa que escutamos muito é "Quem está atrás também faz força?". E a resposta é SIM. A pessoa de trás, que não se chama carona e sim stoker, pedala tanto quanto a pessoa da frente.

Com a nossa tandem já pedalamos bastante por São Paulo, fizemos trilhas, participamos de uma corrida de mountain bike (com direito a medalha e tudo) e fizemos uma cicloviagem.
E, agora sim, o próximo post será sobre a cicloviagem.

Nós, a tandem e a Estrada Real - cicloviagem no Carnaval 2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Sobre bicicletas

Antes de publicar o próximo post (e outros que ainda virão), preciso falar sobre bicicletas.

O Flavio nasceu no interior, cresceu no interior e teve uma infância de menino do interior. Isso inclui um relacionamento longo com as bicicletas. Várias vezes já escutei as histórias dele sobre as mini pistas de rali que montavam num terreno vazio, as bicicletas das irmãs que roubava e arrancava os acessórios mais femininos, das trilhas e outras aventuras no meio do mato com os amigos e suas bicicletas.

Tudo isso faz ele ser um ciclista apaixonado, com muita experência em todos os terrenos e que entende bastante de marchas, cubos, cassetes, pés-de-vela e rebimbocas-da-parafuseta.

Eu, por outro lado, fui uma típica menina urbana. Tive poucas bicicletas, sendo que a última deve ter sido aos 10 anos, bem no estilo Caloi Ceci cor de rosa. Mas aquele velho ditado é verdade: andar de bicicleta a gente nunca esquece!

Descobri isso quando fui morar na Holanda há quase 2 anos e, durante 7 meses, só usava a bicicleta como meio de locomoção. As primeiras pedaladas, depois de tantos anos sem prática, foram meio desastrosas. Mas em poucos dias eu já estava profissional. Aprendi a pedalar de calça jeans apertada, de vestido, de saia, de bota e, principalmente, depois de tomar algumas cervejas holandesas. Sim, na holanda se vai pra balada de bicicleta. E tudo isso sem cair uma única vez! Um orgulho para mim mesma.


Bicicletas congeladas em Den Haag, Holanda

Enfim, tudo isso para explicar a nossa relação com as bicicletas. O Flavio tem um relacionamento longo e estável e eu ainda estou naquela fase "começo de namoro" - tenho ótimos momentos mas ainda não confio 100%.

Costumamos pedalar bastante em São Paulo e fora daqui. Fazemos algumas trilhas e até viagens de bicicleta. E é exatamente sobre isso que quero escrever no próximo post: minha primeira cicloviagem. :-)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Minha primeira vez

Eu sempre sonhei em ter um trabalho que me fizesse viajar pra lá e pra cá, que me mandasse pra várias cidades do Brasil, que me enviasse pro exterior... Como escolhi ser designer gráfico, a chance disso ocorrer não é lá muito grande. O mais provável é que eu fique (e fiquei) anos da minha vida profissional dentro de um escritório, na frente do computador, cultivando a pança. Mas sempre existe uma primeira vez pra tudo. Nessa semana fui viajar a trabalho, coisa que não imaginava que podia acontecer. Tudo graças à fotografia! Apareceu um trabalho de filmagem (que está sendo feito pelo Velho Tarado) na agência. A idéia é pegar depoimentos de vários funcionários de uma grande empresa aqui no Brasil. Como fui eleito o fotógrafo oficial da ?EC, me escalaram pra clicar todos que fossem filmados. Claro que gostei da idéia.

Amanhecendo em Belo Horizonte

Segunda feira à tarde, fomos pra Congonhas rumo à Belo Horizonte. Nos hospedamos no Ceasar, o mesmo hotel que os executivos da tal empresa ficam. Coisa de R$ 200,00 a diária. Confesso que não estou acostumado com esse nível de hotel. Restaurante chique, spa, fitness center, wi fi em todos os andares, piscina (infelizmente em manutenção), bistrô, etc.

Terça acordamos cedo e às 7h estavamos tomando a maravilha do café da manhã do hotel. Depois disso entramos na van com todos os equipamentos e fomos até o local de filmagem. O set acabou de ser montado às 9h. Só saimos de lá às 19h30 alimentados apenas por pão de queijo. Voltamos pro hotel quebrados e bem na hora da janta, o time do Vitória (da Bahia) chegou e acabou com o rango. Tivemos que esperar o buffet ser reposto 2x pra conseguir comer. Dormimos cedo pra acordar às 4h30 e pegar o vôo pro Rio de Janeiro.

O set no Rio de Janeiro

Às 8h de quarta feira, pisamos em chão carioca. Sai do aeroporto, entra na van. Sai da van, entra no escritório. Sai do escritório, entra no shopping pra almoçar. Sai do shopping, entra no escritório. Sai do escritório, entra na van. Sai da van, entra no aeroporto. Rio de Janeiro? Onde? Só na vista do escritório. Não deu nem pra gente sentir a maresia da cidade maravilhosa. Entre um entrevistado e outro eu abria a persiana pra ver o Pão de Açúcar lá fora. Isso me deu uma certa tristeza.

Que vontade de estar lá fora...

No começo da noite já estávamos respirando a poluição de São Paulo novamente. Foi uma correria, ficamos cansados, não pisamos na areia de Copacabana, mas mesmo assim, viajar é bom e todo mundo gosta!